sexta-feira, 6 de abril de 2012

CAMPUS UNIVERSITÁRIO

Texto de Aloisio Guimarães

Todos os meios de comunicações noticiaram a invasão de presos, em fuga da penitenciária, no Campus da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, na cidade de Arapiraca.
Não conheço os demais. Coincidentemente, os Campus da UFAL em Maceió e Arapiraca, as maiores cidades alagoanas, ficam vizinhos a penitenciárias.
- Por que será?
Se existem culpados, são todos aqueles que permitiram e/ou autorizaram tal situação.
Em Arapiraca, o culpado é quem permitiu a construção do Campus no local aonde ele está edificado, uma vez que o presídio já existia. Em Maceió, é o oposto: a Cidade Universitária da UFAL é anterior à construção do grande complexo prisional que hoje a circunda.
Todas as duas situações são perigosas. Mas, se fizermos um comparativo, a meu ver, o caso de Maceió é infinitamente mais grave do que o de Arapiraca.
Na cidade de Arapiraca, popularmente falando, “só vai lá quem tem negócio”, uma vez que o Campus fica distante da cidade, às margens da rodovia AL-115, que liga as cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios, passando por Igaci. Em Maceió, é justamente o contrário: "entra todo mundo", decorrente da sua localização, da falta de isolamento externo eficaz e da facilidade de acesso de pedestres ao seu interior.
A Cidade Universitária de Maceió, além de estar localizada próxima ao grande complexo prisional do estado (Baldomero Cavalcante, Cadeião, Rubens Quintela...) - onde antes só havia o Presídio São Leonardo - é vizinha a vários conjuntos habitacionais populosos, sendo, dia e noite, livre via de passagem e circulação de centenas de pessoas residentes na área. Na situação atual, inexiste qualquer controle de quem nele entra ou sai, quer seja a pé ou de bicicletas. O que se vê é apenas um tímido controle da entrada e saída de veículos. Com acesso livre, cheia de árvores e mal iluminada, ela é, principalmente à noite, uma arapuca para todos que ali estudam e trabalham, estando sujeitos a todo tipo de sorte.
A universidade tem que servir a população, mas não dessa forma.
Entendo que o Campus Universitário é, antes de tudo, um local de estudo e pesquisa. Sendo assim, diante do alto índice de violência no país e de fatos desagradáveis acontecidos nos campus de outros estados - e que já começam a acontecer por aqui - defendo o isolamento completo dos nossos Campus.
- Que tal começar pela construção de um muro, em todo o seu entorno, dificultando o acesso de quem não é estudante, professor ou funcionário?
- Será que serão necessários dezenas de, roubos, assaltos, estupros, invasões... Para que se pense em medidas preventivas?
Que os responsáveis, cujos salários são pagos por nós, tirem a bunda da cadeira, saiam do conforto do ar condicionado dos seus gabinetes e cumpram o seu papel.
JÁ!

Um comentário:

  1. Gostei da sua postagem, faço dela as minhas palavras, pois tenho pessoa da família que trabalha na Ufal e me preocupo muito com a insegurança que se estabeleceu devido a proximidade dos presídios,já está na hora das autoridades máximas fazer uma mudança de endereço de um ou de outro aí citados.É necessario dar prioridades com segurança aos futuros profissionais universitários e ao Corpo Docente do Campus Universitário.

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