quarta-feira, 27 de junho de 2012

MEU ETERNO PAINHO

Texto de Bruno Mesquita


"Meu eterno painho,
Você se foi em meio a muita esperança.
Foi forte, sereno, guerreiro.
Não desistiu um único momento.
Sua vida já não era tão mais repleta de alegrias
Mas, no fundo, ainda brotava a esperança de voltar.
Seu exemplo e rigidez me acompanhará para sempre.
Nos pequenos gestos, nas grandiosas ações.
Em um rápido lapso de tempo, escapaste de mim entre os dedos.
Em seus últimos momentos, fui testemunha de sua coragem e aflição.
Não me acovardarei das agruras da vida.
Assim como não esquecerei de tua lembrança.
Sinto, imensamente, tristeza em não ter sabido retribuir em vida.
Todo o amor, consideração, respeito e carinho que mereceste.
Que bendita forma de amar é essa?
Que sempre me envergonhava em dizer que amava.
Fruto da rigidez do ensinamento.
Mas, no íntimo, o mais apaixonado e admirador.
Hoje me resta perguntar.
Por quê? Por quê? Por quê?
Por que foste em meio a um suspiro de esperança?
Por que não compartilhar mais momentos e conquistas conosco?
Por que não realizar suas metas e sonhos tão próximos?
Vá! Se vá! Descanse! Um guerreiro também cansa
Aguarde que chegarei aonde quer que estejas, um dia em teus braços
E te direi, sem barreiras ou vergonhas mundanas.
Que te amei e sempre te amarei...
Meu eterno painho."

* BRUNO MESQUITA é filho do amigo e colega engenheiro Nilton Mesquita.
 

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